Panicum Quênia

A cultivar híbrida BRS Quênia vem para suprir a demanda por uma cultivar de P.maximum de porte intermediário e de fácil manejo. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 70 cmSaída: 30 cm Adaptação A cv. BRS Quênia é indicada para uso em solos bem drenados de média a alta fertilidade, em todos os estados dos biomas Cerrados e Amazônia, com mais de 800 mm de pluviosidade anual e até seis meses de estação seca. Tenho Interesse Resistência BRS Quênia tem alta resistência por antibiose às cigarrinhas Notozulia entreriana, Deois flavopicta, Mahanarva fimbriolata, Mahanarva sp. e revelou-se moderadamente resistente aos danos causados pelas cigarrinhas adultas, compatível ao tanzânia. O BRS Quênia apresentou grau de resistência à mancha das folhas (Bipolaris maydis) superior ao tanzânia e semelhante ao mombaça e massai, porém inferior ao zuri. Indicação Podendo ser utilizada para pastejo direto, fenação, ensilagem e sistema ILP. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,0 a 5,0 cm, incorporando-se as sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada. Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes. Produção A cultivar BRS Quênia atingiu a produção de 13,2 ton/ha/ano de matéria seca foliar e composição 10,6% e 11,8% (seca e água) de proteína bruta na matéria seca. Manejo A BRS Quênia é uma gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado com entrada aos 70 cm e retirada dos animais com 35 cm de resíduo. O primeiro pastejo deve ser realizado entre 50 e 60 dias após a emergência das plantas. Este primeiro pastejo possibilita um melhor aproveitamento da forragem, estimula o perfilhamento e facilita o manejo da pastagem. O período de ocupação preferencial é de 3 a 6 dias.

Panicum Tamani

A primeira cultivar híbrida lançada pela Embrapa resultado do cruzamento realizado pela Embrapa Gado de Corte a partir de 1992.  Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 55 cmSaída: 25 cm  Adaptação A BRS Tamani é uma opção para solos bem drenados, para diversificação de pastagens do bioma Cerrado. Apresenta baixa tolerância ao encharcamento do solo e, portanto, não é indicada para áreas sujeitas a alagamentos mesmo que temporários. Em condições de baixas temperaturas, apresenta maior persistência que as cvs. Massai e Tanzânia e semelhante à cv. Mombaça. Tenho Interesse Resistência BRS Tamani mostrou-se resistente às ninfas das cigarrinhas-das-pastagens Notozulia entreriana, Deois flavopicta, Mahanarva fimbriolata sp.em nível comparável aos verificados nas cultivares resistentes Tanzânia e Massai, e moderadamente resistente aos danos causados pelas cigarrinhas adultas em nível comparável à cultivar Tanzânia. Quanto às doenças, a BRS Tamani apresentou resistência intermediária às manchas das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis, semelhante à cv. Mombaça. Indicação Pastejo rotacionado, que possibilita melhor controle do pasto e facilidade de manejo. Sendo utilizado também no empego para produção de ensilagem, devido sua abundância de folhas e perfilhos. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 450 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma. Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,5 a 5,0 cm, incorporando-se as sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada. Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes. Produção A cultivar BRS Tamani atingiu a produção de 15 ton/ha/ano de matéria seca foliar e composição 9 a 12% de proteína bruta na matéria seca. Manejo A BRS Tamani é uma gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado, não permitindo altura de resíduo menor que 20-25 cm. As recomendações de manejo são parecidas com as da cultivar Massai, ou seja, sugerem-se períodos de descanso iguais ou menores que 28 dias no período das águas desde que os níveis de fertilidade do solo estejam adequados.

Panicum Zuri

A cultivar Zuri é resultado de uma seleção massal em populações derivadas de Panicum maximum coletadas na Tanzânia, no leste da África. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 75 cmSaída: 35 cm  Adaptação A cultivar Zuri apresenta resposta à calagem e adubação similar a outras cultivares de Panicum maximum, tais como Tanzânia-1 e Mombaça, sendo recomendada para solos de média a alta fertilidade. As doses de nutrientes devem ser baseadas na análise química do solo e com apoio de técnico capacitado para tal. Tenho Interesse Resistência A Zuri mostrou-se resistente (por antibiose) às cigarrinhas-das-pastagens Notozulia entreriana, Deois flavopicta e Mahanarva fimbriolata, por determinar baixos níveis de sobrevivência ninfal em condições controladas. Quanto ao mecanismo de resistência (avaliado por danos), a Zuri revelou-se moderadamente resistente. Quanto às doenças, a Zuri apresentou alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis. A cultivar mostrou resistência mediana à cárie-do-sino, causada por Tilletia ayresii, o que pode comprometer a produção de sementes em condições ambientais favoráveis à doença. Assim como as outras cultivares da espécie, a Zuri é suscetível ao nematoíde das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus), sendo considerada hospedeira. Indicação É indicada para pastejo contínuo, rotacionado, integração lavoura e pecuária silagem e fenação. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 450 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma. Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita na profundidade de 3,0 a 5,0 cm, incorporando-se às sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada. Melhores resultados são obtidos passando-se o rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo (o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes). Produção Produção em média de 22 toneladas de matéria seca/ha/ano com 12 a 14% de proteína bruta na matéria seca. Manejo A Zuri é uma gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado. Recomenda-se que o pasto seja manejado com altura de entrada de 70-75 cm e altura de saída de 30-35 cm. Este manejo promoveu bom controle do desenvolvimento de colmos e florescimento na Amazônia, assegurando a manutenção da estrutura do pasto e bons níveis de produção animal.

Panicum Aruana

Gramínea perene de verão adaptada a região sul do Brasil.  Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 55 cmSaída: 25 cm Adaptação Adapta-se muito bem a solos leves, friáveis bem drenados e profundos. Exige pluviométrica acima de 800 mm anuais. Tenho Interesse Resistência Possui boa resistência à seca, ao frio, às cigarrinhas das pastagens e média ao sombreamento. Porém, não tolera encharcamento em excesso. Indicação Sistemas de produção com ovinos, bovinos de corte e de leite e criação de cavalos. Tem se apresentado bons resultados na ovinocultura por apresentar características interessantes ao sistema, tais como: 1) Porte médio, atingindo aproximadamente 80 cm de altura; 2) Grande capacidade e rapidez de perfilhamento; 3) Alta produtividade de forragem no inverno, com 35 a 40% da produção anual ocorrendo na seca; 4) Arquitetura foliar aberta e ereta, típica das forragens cespitosas. Propicia uma maior incidência de radiação solar e maior ventilação dentro do perfil da pastagem. Taxa de semeadura da semente convencional Mesma quantidade exigida pelo Tanzânia-1 e Mombaça. Profundidade de plantio Os melhores resultados são obtidos com o uso de rolo compactador que incorpora essas sementes em torno de 2,0 cm de profundidade e aumenta o contato das mesmas com o solo, favorecendo a germinação. Produção Pode variar de 18 a 21 toneladas de matéria seca/há/ano com 8 a 10% de proteína bruta na matéria seca. Manejo Após 90 dias de germinação faz-se o primeiro pastoreio com animais jovens, promovendo um corte de até 30 a 40 cm de altura, para favorecer o perfilhamento e fortalecer o sistema radicular. Para um melhor aproveitamento da forragem no verão, recomenda-se que cada piquete seja subdividido com auxílio de cerca elétrica móvel, sendo movimentada em faixas, liberando-se 1/3 da pastagem a cada período de 3 a 5 dias.

Panicum Mombaça

O capim-mombaça (P.maximum) é originário da Tanzânia, África e foi lançado no Brasil pela Embrapa, em 1993, num trabalho conjunto com outras instituições. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 90 cmSaída: 45 cm  Adaptação A cv. Mombaça, a exemplo de outras cultivares da espécie P. maximum, é bastante exigente em relação à fertilidade do solo. Para que tenha seu pleno desenvolvimento, recomenda-se o uso em regiões de solos com boa drenagem, com precipitação anual mínima de 800 mm bem distribuídos. Tenho Interesse Resistência Apresenta boa resistência à cigarrinha-das-pastagens e possui resistência mediana ao carvão nas inflorescências. Indicação Não se indica para sistema de pastejo contínuo devido a maior dificuldade de manejo quando empregado com outras cultivares, tendo melhor aproveitamento quando empregado em sistemas rotacionados. Pelo alto potencial produtivo é uma opção para utilização sob irrigação, produção de ensilagem e também para sistemas silvipastoris. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 450 pontos de VC/ha. Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,0 cm, incorporando-se as sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada. Melhores resultados são obtidos passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo (o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes). Produção A cultivar Mombaça produz 33 t de matéria seca foliar/ha/ano com 13,4% de proteína bruta. Manejo O manejo de estabelecimento consiste em realizar, no período entre 60 e 100 dias após a germinação, o pastejo da área em formação, utilizando alta lotação animal por curto espaço de tempo com a finalidade de diminuir a competição entre plantas e, principalmente, eliminar a maior parte das gemas apicais, provocando assim um perfilhamento mais intenso das plantas, proporcionando uma cobertura do solo melhor e mais rápida.

Panicum Massai

A cultivar Massai é um híbrido espontâneo coletado na Tanzânia.  Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 55 cmSaída: 25 cm  Adaptação A cv. Massai, a exemplo de outras cultivares da espécie P. maximum, requer níveis médio a alto de fertilidade do solo na implantação, mas é a menos exigente em adubação de manutenção e persiste maior tempo em baixa fertilidade com boa produção sob pastejo. É entre as cultivares de P. maximim a mais tolerante ao alumínio do solo. A quantidade de corretivos e adubos deve basear-se na análise de solos.   Tenho Interesse Resistência A cultivar Massai apresentou maior resistência à cigarrinha-da-pastagem do gênero Notozuliaentreriana. Indicação Pastejo rotacionado, que possibilita melhor controle do pasto e facilidade de manejo. Tem sua utilização empegada com sucesso na fenação, em razão da sua alta relação folha/colmo, e para uso em sistema silvipastoris. Além disso, também é uma forrageira recomendada para pastejo por equinos. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 450 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma. Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,0 cm, incorporando-se as sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada. Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes. Produção A cv. Massai apresentou uma produção de matéria seca de folhas em parcelas (15,6 t/ha), semelhante à cv. Colonião (14,3 t/ha), apesar do porte de apenas 60 cm de altura, em contraste com os 150 cm do Colonião, nas mesmas condições. A cv. Massai apresentou concentração de proteína bruta nas folhas (12,5%) e colmos (8,5%) semelhante à cv. Tanzaânia-1. Manejo O primeiro pastejo deve ser realizado no período entre 60 a 100 dias após o plantio, estimulando o perfilhamento mais intenso das plantas. Contudo, diminuindo a concorrência entre plantas e, principalmente, eliminar a maior parte das gemas apicais.

Panicum Tanzânia

A cultivar Tanzânia-1 foi coletada na Tanzânia, África. No Brasil foi lançada pela Embrapa, em 1990. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 55 cmSaída: 25 cm  Adaptação A cultivar Tanzânia-1, dentre as cultivares de Panicum maximum, é uma das mais exigentes em fósforo (P) e potássio (K), principalmente na fase de implantação. Contudo, para que ocorra o rápido fechamento da vegetação e bom vigor no estabelecimento, as doses de nutrientes devem ser baseadas na análise química do solo e com apoio de técnico capacitado para tal. Tenho Interesse Resistência O capim-tanzânia-1 apresenta maior resistência às cigarrinhas-das-pastagens, especialmente dos gêneros Deois e Notozulia. Indicação É indicada para pastejo contínuo, rotacionado e silagem. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro 450 pontos por hectare. Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,0 a 5,0 cm, incorporando-se as sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada. Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes. Produção Avaliação em parcelas sob cortes manuais, o capim-tanzânia-1 apresentou uma produção de 26 t/ha/ano de matéria seca foliar com 10 a 16% de proteína bruta na matéria seca. Manejo A cv. Tanzânia é uma gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado. Recomenda-se que o pasto seja manejado com altura de entrada de 70-75 cm e altura de saída de 30-35 cm. Assegurando a manutenção da estrutura do pasto e bons níveis de produção animal.