La Libertad (MG-4)

Foi liberada comercialmente em 1994 pela Matsuda. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 45 cmSaída: 20 cm  Adaptação Adapta-se em solos de média a baixa fertilidade. Apresenta tolerância a solos encharcados, requer precipitação anual acima de 800 mm. Tenho Interesse Indicação Pode-se utilizar para pastejo direto e fenação, recomendado para animais de cria, recria e engorda. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 500 a 550 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 600 pontos de VC/ha. Profundidade de plantio Incorporar as sementes em torno de 2,0 cm com grade niveladora fechada. Assim como para as demais espécies, os melhores resultados são obtidos, passando-se rolo compactador após incorporação da semente ao solo. Produção Produção variando de 10 a 12 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 11% de proteína bruta na matéria seca. Manejo O manejo do MG-4 em áreas de pastejo rotacionado, deverá ocorrer a cada 25 a 30 dias no máximo, durante a estação chuvosa e quente e de 45 a 50 dias no inverno (frio e seco), em ambos os casos de 1 a 5 dias de pastejo. Em área com adoção de pastejo contínuo procurar manter a vegetação com porte mínimo de 15 a 20 cm.

Brachiaria Piatã

Capim BRS Piatã é uma cultivar de Brachiaria brizantha e a primeira forrageira protegida lançada pela Embrapa, em 2006. Sendo mais uma opção para diversificação das pastagens. O nome “piatã” é de origem tupi-guarani e significa fortaleza, sendo dado a essa cultivar pelas suas características de robustez e produtividade. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 30 cmSaída: 20 cm Adaptação Adapta-se muito bem a solos de média fertilidade, bem drenados. Apresenta uma maior tolerância a solos com má drenagem que o capim-Marandu. Tenho Interesse Resistência Possui boa resistência às cigarrinhas das pastagens pertencentes aos gêneros Notozulia entreriana e Deoi flavopictas. Não foi constatada resistência à cigarrinha-da-cana-de-açúcar, Mahanarva fimbriolata, limitando sua utilização em área com histórico de problemas com cigarrinhas desse gênero. Indicação Pastejo direto ou rotacionado e palhada para plantio direto. Taxa de semeadura da semente convencional Em regiões com estações chuvosas no verão, como no Centro-Oeste, o capim-piatã pode ser semeado desde meados de outubro até o final de fevereiro, sendo ideal de novembro a janeiro. Para um bom estabelecimento, em boas condições para semeadura, recomenda-se uma taxa de semeadura de, no mínimo 4 kg/ha de sementes puras viáveis (valor cultural de 100%). Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,0 a 5,0 cm, incorporando com grade niveladora fechada. Assim como para as demais espécies, os melhores resultados são obtidos, passando-se rolo compactador após incorporação da semente ao solo. Produção O capim-piatã apresenta boa qualidade e alta produção de folhas. Sua produção total média de forragem é de 9,5 t/ha de matéria seca ao ano com 57% de folhas. Trinta e seis por cento dessa produção se dá durante o período seco do ano, favorecendo o desempenho animal nesse período. Manejo O sistema de manejo do capim-piatã é semelhante ao capim-marandu. Em pastejo contínuo, a altura da pastagem deve permanecer entre 25 e 35 cm. Em pastejo rotacionado, a altura da pastagem deve ser de aproximadamente 40 cm no momento da entrada dos animais e de 20 cm na saída. Em solos de alta fertilidade recomendam-se 35 e 15 cm, respectivamente, para entrada e saída dos animais.

Brachiaria Paiaguás

Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguás – CAMPEÃO DE PRODUTIVIDADE NO PERÍODO DA SECA. O capim Paiaguás é mais uma excelente opção para a diversificação de pastagens em solos de média fertilidade nos Cerrados. Foi selecionada com base na produtividade, vigor, elevado potencial de produção animal no período seco, com alto teor de folhas e bom valor nutritivo. A grande vantagem da BRS Paiaguás é durante o período seco, quando apresenta maior acúmulo de forragem de melhor valor nutritivo, resultando em maiores ganhos de peso por animal e por área. Produção de sementes, calagem e adubação. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 35 cmSaída: 20 cm Adaptação Muito rústico, adapta-se bem a solos de fertilidade média a baixa e ainda àqueles sujeitos a encharcamento. Requer uma precipitação anual em torno de 600 mm. Tenho Interesse Resistência Recomendado como alternativa de pastagem para época da seca e também para produção de palhada em sistema de Integração Lavoura-Pecuária. Além das mesmas alternativas das cultivares BRS Piatã, Marandu e Xaraés, com grande diferencial no período da seca (estiagem). Pontos Fortes Sistema radicular profundo; Boa adaptação em solos arenosos de média fertilidade; Em avaliação com outras cultivares de Brachairia brizanthamostrou-se, a mais produtiva no período seco. Indicação Produção de sementes, calagem e adubação. A BRS Paiaguás é semelhante às demais cultivares de B. brizantha, sendo recomendada para uso em solos de fertilidade média. Sua implantação exige saturação por bases (V%) entre 35%-40%. Na fase de manutenção, a reposição de Ca e Mg, por meio de calcário dolomítico, deve ser feita sempre que os teores de cálcio forem inferiores a 1,5 cmol/dm³ e quando de magnésio forem inferiores a 0,5 cmol/dm³. Essa cultivar mostrou-se bastante responsiva a níveis de Fósforo no solo entre 3 a 5 mg/dm³ (Mehlich-1) em solos com teores de argila entre 35%-60% Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 500 a 550 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 600 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma. Profundidade de plantio Em climas com estação chuvosa no verão, como a região Centro-Oeste, pode ser semeada desde meados de outubro até o final de fevereiro, sendo ideal de novembro a dezembro. Para um bom estabelecimento, em boas condições de plantio, recomenda-se uma taxa de semeadura de 3,5 a 5,0 kg/ha de sementes puras viáveis, a uma profundidade de semeadura de 3 a 6 cm e incorporação com grade niveladora ou plantadeira. Produção Sua produção média é estimada em cerca de 8 a 15 toneladas de matéria seca/ha/ano e composição de 9 a 10% de proteína bruta na matéria seca. Manejo Recomendado para as mesmas áreas das B. brizantha. Os animais devem ser retirados quando o mesmo chegar a 30 cm do solo.

Brachiaria Ruziziensis

Gramínea de ciclo vegetativo perene e crescimento estolonífero. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 20 cmSaída: 10 cm Adaptação Muito rústico, adapta-se bem a solos de fertilidade média a baixa e ainda àqueles sujeitos a encharcamento. Requer uma precipitação anual em torno de 600 mm. Tenho Interesse Resistência Possui alta resistência à seca, média ao frio e à cigarrinha das pastagens. Apresenta uma boa tolerância tanto ao sombreamento, quanto ao pisoteio. Indicação É indicada apenas para pastoreio direto, pois não serve para fenação, ensilagem e rolões. Recomenda-se, sempre que possível, fazer mistura com B. decumbens e B. brizantha, no estabelecimento de pastagens de B. humidícola, com o objetivo de acelerar a cobertura do solo, diminuindo dessa forma a competição com invasoras. Essa mistura é bastante vantajosa pelo fato de suas sementes poderem apresentar algum grau de dormência, o que implica em maior tempo para formação completa de área. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 500 a 550 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 600 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma. Profundidade de plantio Incorporar as sementes em torno de 3,0 com grade niveladora fechada após a total distribuição das mesmas na área. Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes. Produção Produz em média 8,0 toneladas de matéria seca/ha/ano, com composição aproximada de 8 a 10% proteína bruta na matéria seca. Apresenta boa digestibilidade e palatabilidade média. Manejo Por apresentar vários graus de dormência o crescimento inicial dessa gramínea é lento, exigindo um manejo cuidadoso nos primeiros pastejos, para assegurar o bom estabelecimento da pastagem. O primeiro pastejo deve ser efetuado de forma suave para estimular o perfilhamento e enraizamento dos estolões. As alturas de entrada são de 20 cm (altura pré – pastejo) e as alturas de saída são de até 10 cm (altura pós-pastejo).

Brachiaria Humidícola

Gramínea de ciclo vegetativo perene e crescimento estolonífero. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 20 cmSaída: 10 cm Adaptação Muito rústico, adapta-se bem a solos de fertilidade média a baixa e ainda àqueles sujeitos a encharcamento. Requer uma precipitação anual em torno de 600 mm. Tenho Interesse Resistência Possui alta resistência à seca, média ao frio e à cigarrinha das pastagens. Apresenta uma boa tolerância tanto ao sombreamento, quanto ao pisoteio. Indicação É indicada apenas para pastoreio direto, pois não serve para fenação, ensilagem e rolões. Recomenda-se, sempre que possível, fazer mistura com B. decumbens e B. brizantha, no estabelecimento de pastagens de B. humidícola, com o objetivo de acelerar a cobertura do solo, diminuindo dessa forma a competição com invasoras. Essa mistura é bastante vantajosa pelo fato de suas sementes poderem apresentar algum grau de dormência, o que implica em maior tempo para formação completa de área. Taxa de semeadura da semente convencional No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 500 a 550 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 600 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma. Profundidade de plantio Incorporar as sementes em torno de 3,0 com grade niveladora fechada após a total distribuição das mesmas na área. Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes. Produção Produz em média 8,0 toneladas de matéria seca/ha/ano, com composição aproximada de 8 a 10% proteína bruta na matéria seca. Apresenta boa digestibilidade e palatabilidade média. Manejo Por apresentar vários graus de dormência o crescimento inicial dessa gramínea é lento, exigindo um manejo cuidadoso nos primeiros pastejos, para assegurar o bom estabelecimento da pastagem. O primeiro pastejo deve ser efetuado de forma suave para estimular o perfilhamento e enraizamento dos estolões. As alturas de entrada são de 20 cm (altura pré – pastejo) e as alturas de saída são de até 10 cm (altura pós-pastejo).

Brachiaria Decumbens

Gramínea de ciclo vegetativo perene e forma de crescimento decumbente. Altura de entrada e saída para pastejo:  Entrada: 30 cmSaida: 15 cm Adaptação Adapta-se muito bem a solos de média a baixa fertilidades, requer precipitação anual acima de 800 mm. Nada impede que seja usada em solos de fertilidade mais elevada, pois é altamente responsiva à fertilização química. Porém, existem outras espécies mais produtivas, recomendadas para essas condições. Tenho Interesse Resistência Por ter um sistema radicular bem profundo, resiste muito bem à seca. Apresenta média resistência ao frio, boa tolerância a sombreamento e baixa tolerância a solos encharcados. É altamente susceptível à cigarrinha das pastagens. Indicação É indicada para pastoreio direto, para fenação e para fazer rolões, além de consorciar-se muitíssimo bem com estilosantes Campo Grande, calopogônio e guandu. Não é recomendado seu uso para ensilagem. Taxa de semeadura da semente convencional 1) A lanço: no período normal, compreendido entre os meses de outubro e fevereiro, recomenda-se 500 a 550 pontos de vc/ha. A partir daí, aumentar para 600 pontos de vc/ha. 2) Em linha: no período normal, recomenda-se 300 pontos de vc/ha. A partir daí, aumentar para 400 pontos de vc/ha. No caso de consorciação, reduzir cerca de 20% a quantidade de sementes da gramínea a fim de diminuir a competição entre plantas e, dessa forma, favorecer a leguminosa. Profundidade de plantio Incorporar as sementes no máximo a 4,0 cm de profundidade. Essa incorporação pode ser feita após a distribuição das sementes em toda área com o uso de grade niveladora fechada ou apenas usar um rolo compactador. Pode-se ainda, optar pela combinação das duas técnicas, o que, em geral, apresenta resultados superiores. Produção Sua produção média é estimada em cerca de 10 toneladas de matéria seca/ha/ano e composição de 7 a 9% de proteína bruta na matéria seca e 50 a 60% de digestibilidade in vitro. Possui boa palatabilidade. Manejo No período normal de plantio, apresenta tempo de formação em torno de 90 dias. O primeiro pastoreio pode ser feito nessa fase, entre 90 e 100 dias após a germinação. Nesse momento as áreas sob pastejo rotacionado a alturas de entrada de 20-30 cm (altura pré – pastejo) e altura de saída de até 10-15 cm (altura pós-pastejo). Para áreas com problemas de drenagem, ou onde haja incidência da síndrome da morte do braquiarão.

Brachiaria Ipyporã

BRS Ipyporã – Híbrido de Brachiaria com elevada resistência às cigarrinhas e alto valor nutritivo. A híbrida BRS Ipyporã (“belo começo” em guarani) é o resultado de um cruzamento entre Brachiaria ruziziensis e B. brizantha, desenvolvimento pela Embrapa em parceria com a UNIPASTO. Ela forma touceiras de porte baixo, prostradas e com elevado perfilhamento basal; tem colmos curtos e delgados de alta pilosidade nas bainhas; folhas lanceoladas e eretas com pilosidade nas duas faces. A BRS Ipyporã entra no mercado para suprir a demanda por uma cultivar de braquiária adaptada aos solos do cerrado, de alta qualidade, boa produtividade e manejo relativamente fácil, como o Marandu. Altura de entrada e saída para pastejo: Entrada: 30 cmSaída: 20 cm Tenho Interesse Adaptação A BRS Ipyporã é recomendada para solos de fertilidade mediana, com saturação por base (V%) entre 35 e 40%. Ela mostrou-se bastante responsiva aos níveis de fósforo (P) no solo para produção de matéria seca total e de matéria seca foliar. Em um Latossolo Vermelho Distrófico e argiloso com 1,7 mg de P/dm³, a aplicação de 80 kg de P2O5/ ha elevou o fósforo para 2,8 mg/dm³ e a produção de matéria seca subiu de 4,7 para 8 ton/ha/ano. Embora com produções de massa menores que as cultivares Xaraés e BRS Paiáguas apresentam uma porcentagem de folhas e melhor valor nutritivo, independentemente dos teores de P no solo. Resistência Os testes conduzidos com a BRS Ipyporã demonstraram o seu elevado grau de resistência por antibiose tanto às cigarrinhas típicas das pastagens, Notozulia entreriana e Deois Flavopicta, quanto às Mahanarva sp. e M. fimbriolata, ameaças mais recentes às pastagens brasileiras. Este novo híbrido retarda o desenvolvimento das cigarrinhas e reduz sua taxa de sobrevivência, confirmando-a como excelente alternativa para uso em áreas onde se contatam os danos causados por essas pragas. Indicação Adequa-se bem aos sistemas de manejo rotacionado, podendo apresentar elevadas produções desde que manejada corretamente. Taxa de semeadura da semente convencional A recomendação para semeadura deste capim é a mesma da cv. Marandu e da BRS Piatã, 4 a 6 kg/ha de sementes puras viáveis. Profundidade de plantio A semeadura deve ser feita em solo com bom preparo, ou em plantio direto, à profundidade de 2 a 6 cm. Esse procedimento de semeadura resultará em populações de 20 a 40 plantas/m², desejável para uma boa formação da pastagem. Produção Produção média estimada: cerca de 8 a 15 toneladas de matéria seca/ha/ano e composição de 9 a 11% de proteína bruta na matéria seca. Manejo Os animais nos pastos de BRS Ipyporã apresentaram maiores ganhos médios diários em relação àqueles mantidos na cv. Marandu. Ao proporcionar um elevado ganho diário por animal, a BRS Ipyporã contribui para reduzir a idade ao abate e, como consequência, obtém-se carne de melhor qualidade e com menor emissão de gases do efeito estufa. Pode ainda ser recomendada para as categorias de exigência nutricional mais elevada, tais como bezerros desmamados e vacas no terço final da gestação ou em lactação. O primeiro pastejo pode ser dado aos 50 – 60 dias após a emergência das plantas. Este primeiro pastejo é importante, pois possibilita um melhor aproveitamento da forragem, estimula o perfilhamento basal e facilita o manejo da pastagem. Para colheita mais eficiente e de forragem com melhor valor nutritivo, deve-se usar o pastejo rotacionado, com descanso variável determinado pelas alturas de entrada até 30 cm (altura pré – pastejo) e altura de saída de até 15 cm (altura pós-pastejo). Visando uma pecuária mais rentável, de ciclo mais curto e com menor impacto ambiental ou a alimentação de animais de categorias mais exigentes, a BRS Ipyporã é uma ótima alternativa para a diversificação dos pastos nas regiões do cerrado.

Brachiaria Marandu

Capim-Marandu é uma cultivar de Brachiaria brizantha proveniente do Zimbábue (África). Lançada no Brasil em 1984, pela Embrapa Gado de Corte e Embrapa Cerrado. Gramínea de ciclo vegetativo perene, com hábito de crescimento cespitoso, folhas pouco pilosas da face ventral e glabras na face dorsal, bainha pilosas, inflorescências com até 40 cm de comprimento, com quatro a seis rácemos, obtendo o tamanho de touceiras em torno de 1,0 a 1,50 m de altura. Adaptação Adapta-se muito bem a solos de média a alta fertilidade e requer uma precipitação anual em torno de 700 mm. Tenho Interesse Resistência Apresenta sistema radicular bem profundo e vigoroso, o que reflete em boa tolerância à seca. Possui também, boa resistência ao frio, ao sombreamento e à cigarrinha das pastagens pertencentes aos gêneros Notozulia, Deois e Aeneolamia. Com exceção da região Norte do Brasil, este capim se constitui na melhor alternativa de gramínea forrageira resistente às cigarrinhas. Não tolera encharcamento e nem alagamento. Indicação Adequa-se bem aos sistemas de manejo contínuo e rotacionado, podendo apresentar elevadas produção desde que manejada corretamente. Também apresenta características que as qualifica para o uso na ensilagem, diferimento, sistema silvipastoris e integração lavoura-pecuária (ILP). Taxa de semeadura da semente convencional 1) A lanço: no período normal, compreendido entre os meses de outubro a janeiro, deve-se usar 500 a 550 pontos de VC/ha. A partir daí, aumentar para 600 pontos de VC/ha. 2) Em linha: para o período normal, 300 pontos de VC/ha são suficientes. A partir daí, aumentar para 350 pontos vc/ha. No caso de consorciação com leguminosas, pode-se reduzir em torno de 20% a quantidade de sementes para ajudar o estabelecimento destas. Profundidade de plantio Incorporar as sementes em torno de 2,0 a 4,0 cm com grade niveladora fechada. Assim como para as demais espécies, os melhores resultados são obtidos, passando-se rolo compactador após incorporação da semente ao solo. Produção Produção variando de 8 a 20 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 11% de proteína bruta na matéria seca. Apresenta alta palatabilidade e cerca de 60% de digestibilidade in vitro. Manejo O tempo de formação gira em torno de 90 a 120 dias após germinação e o primeiro pastoreio deve ser feito aos de 90 dias com gado leve (boi magro, garrotes). Nas áreas sob pastejo rotacionado a alturas de entrada de 25 cm (altura pré-pastejo) e altura de saída de até 10-15 cm (altura pós-pastejo). O primeiro pastoreio com gado leve é uma condição essencial para a boa formação das pastagens, pois é através dessa prática que se estimula a produção de perfilhos reprodutivos laterais e reduz-se a competição entre plantas, principalmente por luz.

Brachiaria Xaraés

Brachiaria Xaraés A cultivar Xaraés é uma Brachiaria brizantha coletada no Burundi, África, e liberada pela Embrapa em 2003. Gramínea de ciclo vegetativo perene, cespitosa, de 1,5 m de altura, folha lanceolada e longa, com poucos pêlos, e de coloração verde-escura. Adaptação Recomendada para solos de média a alta fertilidade, requer precipitação anual acima de 800 mm, sendo mais produtiva, porém, em precipitações anuais mais elevadas (1200 mm/ano). Difere das demais cultivares de B. brizantha, principalmente, por apresentar maior capacidade de rebrota e melhor relação folha/caule, o que reflete em melhor desempenho animal. Tenho Interesse Resistência Apresenta sistema radicular bem profundo e vigoroso, o que faz com ela seja considerada a B. brizantha de maior tolerância à seca. Possui também, boa resistência ao frio e ao sombreamento. É susceptível à cigarrinha das pastagens e tolera encharcamentos médios de solo. Vale lembrar, no entanto, que essa gramínea não tolera alagamento de solo. Indicação É indicada para pastoreio direto, fenação e rolão. Consorcia-se muitíssimo bem com estilosantes Campo Grande, calopogônio e guandu. Taxa de semeadura da semente convencional 1) A lanço: no período normal (outubro a janeiro), usar 500 a 550 pontos de VC/ha. Em outros períodos, aumentar a taxa de semeadura para 600 pontos de VC/ha. 2) Em linha: no período normal, usar 350 pontos de VC/ha. A partir de então, aumentar para 400. No caso de consorciação com leguminosas, pode-se reduzir em torno de 20% a quantidade de sementes para ajudar o estabelecimento das leguminosas. Profundidade de plantio Mesma indicação da B. brizantha (Marandu) e B. decumbens. Apresenta maior velocidade de estabelecimento que as demais cultivares de B. brizantha por possuir maiores reservas nutricionais nas sementes. Produção Produção variando de 20 a 30 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 12% de proteína bruta na matéria seca, com 60% de digestibilidade in vitro. Manejo O tempo de formação gira em torno de 90 a 120 dias após germinação e o primeiro pastoreio deve ser feito aos de 90 dias com gado leve (boi magro, garrotes). Nas áreas sob pastejo rotacionado a alturas de entrada de 30-35 cm (altura pré – pastejo) e altura de saída de até 15-20 cm (altura pós-pastejo). O primeiro pastoreio com gado leve é uma condição essencial para a boa formação das pastagens, pois é através dessa prática que se estimula a produção de perfilhos reprodutivos laterais e reduz-se a competição entre plantas, principalmente por luz.